Curitiba
Passar o carnaval em Curitiba é algo que não é lá muito usual, mas como sempre, o que queríamos era fugir da farra, da bagunça e do trânsito...conseguimos! Não tem absolutamente nada pra se fazer lá no carnaval...pelo menos não vimos nada...mas também não procuramos muito! Rs
E lá fomos nós na sexta- feira, dia 17/02 para Curitiba. Meu marido havia morado lá por cerca de 1 ano quando era criança, para mim era novidade, primeira vez na capital do Paraná.
Chegamos no aeroporto Afonso Pena e fomos pegar o carro que alugamos na Avis (319 reais até o dia 22/02) e partimos.. Para quem não sabe o aeroporto não fica exatamente em Curitiba e sim em São José dos Pinhais, mas é bem perto, uns 15, 20 km.
Como toda região sul do país, lá também é um lugar para se comer bem e muito. A comida é farta e a cidade cheia de rodízios e buffets recheados de gostosuras.
E como não podia ser diferente, começamos o passeio comendo! Fomos a um café colonial/confeitaria, que chama Coeur Douce (de 29 a 32 reais por pessoa). Diferente do que conhecemos na Serra Gaúcha, no qual as comidas são servidas na mesa freneticamente, lá o sistema era diferente, era um buffet no qual podíamos nos servir quantas vezes quiséssemos, somente bebidas e frituras vinham na mesa. Confesso que incomodou um pouco, pois o tempo todo os garçons ficavam tomando conta do buffet e isso ficava meio constrangedor lá pela quinta vez que você levantava para repetir algo.rs Prefiro o sistema da Serra Gaúcha...mas nem por isso deixou de ser maravilhoso. Guloseimas de primeira e bem diversificadas. Grande, farto, saboroso, para comer com os olhos, ainda bem que não só com os olhos. (http://www.coeurdouce.com.br/)
Depois fomos para o hotel e ficamos por lá descansando um pouco.
O hotel que ficamos foi o Centro Europeu (www.hotelcentroeuropeu.com.br) na região central da cidade. O hotel conta com instalações antigas, bem simples, quartos pequenos e não muito confortáveis, mas tudo era bem limpinho. Atendimento do recepcionista péssimo, o cara nem olhava na nossa cara pra falar, parecia que dar uma informação era um favor, não serve pra trabalhar com turismo. Pena que não lembro o nome do ser. Café da manhã gostoso, mas sem muitas variedades. Dispõe também de um café/chá da tarde a partir das 18 horas, com algumas “sobras” do café da manhã, mas que quebrava um galho para aquela fominha que dava depois de passear o dia todo. Ponto negativo para o suco artificial servido. O hotel, por ficar na região central da cidade, é bem barulhento, e o barulho começa cedo, mas nada que chegue a tirar o sono. Um ponto positivo era o estacionamento. Poucos hotéis da região central possuem estacionamento próprio e esse é um deles. Inclusive o principal ponto por termos escolhido esse hotel.
Perto do hotel fica também o Shopping Estação que quebra um galho para passar o tempo, comer uma coisinha rápida ou comprar alguma coisa que esquecemos de levar na viagem.
No segundo dia o primeiro passeio foi ao Jardim Botânico (http://jardimbotanicocuritiba.com.br/). Que lugar lindo e bem cuidado, tudo florido, grama verdinha. Um lugar incrível, você até esquece que está em uma capital com quase 2 milhões de habitantes. O tempo passa sem nem percebermos. Aquela famosa estrutura metálica com vidro é a estufa, que contém várias espécies da mata atlântica. Ela é climatizada, uma delícia ficar lá dentro, ainda mais com os 32 graus que estava aquele dia. Dentro do parque também fica o jardim das sensações, segue explicação direta do site, pois acho que não conseguiria descrever tão bem:
“O Jardim das sensações é um espaço delimitado por cerca viva, onde os sentimentos do visitante são tentados, por meio do contato direto com plantas de diferentes formas, texturas e aromas.
Através da cerca e do túnel vegetal é possível ver as cores da natureza, sentir com as mãos a textura, a forma e o tamanho das plantas, ouvir o som da cascata e do vento, sentir o perfume das flores e da vegetação.
O percurso pode ser feito com os olhos vendados ou não
Inaugurado em dezembro de 2008, o Jardim das Sensações oferece um sequência de sensações, experiências e impressões inesquecíveis ao visitante”
O Jardim Botânico ainda conta com exposições permanentes de diversos artistas e também um museu botânico. Enfim, dá pra passar uma boa parte do dia conhecendo tudo o que esse lindo espaço tem para nos oferecer.
Saindo de lá, fomos para o Parque Barigui, um dos mais antigos da cidade, o parque é grande, mas na minha opinião não tão bonito e bem cuidado como os demais. Achei um parque bom para caminhar, andar de bicicleta...tem quiosques com churrasqueira, restaurante, aparelhos para ginástica. Queria ter um desse perto de casa, pois penso que para os moradores seja sensacional, mas como ponto turístico acredito que não vale tanto a pena, principalmente se o tempo for curto.
Depois fomos ao Parque Tanguá, esse sim merece ser visitado sem sombra de dúvida, é um parque lindo! É muito bem cuidado e com ótima estrutura de banheiro, lojinha, lanchonete, tudo de bom! Tem ciclovia, pista de cooper e um mirante com uma bela vista. Tem um lago com pedalinho, uma cachoeira artificial e um túnel também artificial. Impressiona pela beleza e também pala grandiosidade das pedreiras. Lá existe também o jardim Poty Lazzarotto, em homenagem a um famoso desenhista curitibano. E que bela homenagem, pois o jardim é lindo, um “desenho”. Lá dentro para conhecer tudo, se caminha muito, e foi difícil com o calorão que estava, mas vale a pena, durante a caminhada existem vários pontos com carrinhos vendendo água de coco e caldo de cana que refrescam até a alma!
Depois de toda essa maratona, estava na hora de almoçar. Seguimos para Santa Felicidade. Antes de almoçar, passeamos pela rua cheia de lojinhas de artesantos e uma feirinha cheia de coisinhas fofas.
Aí sim chegamos ao grandioso Madalosso. O lugar realmente impressiona pelo tamanho, é enorme! (http://www.madalosso.com.br). O preço é super justo, não sei se muda de almoço para jantar, mas pagamos 30,00 por pessoa pra almoçar e olha que vem comida hein! Muita gente acha, ou fala que lá é muito caro, sinceramente, não acho nada caro! Não sei se porque aqui em SP tudo realmente é muito caro, mas esse preço é muito justo.
Em relação a comida, nem tudo que vem no rodízio me apetece, algumas coisas eu não comi, mas posso falar que a polenta estava divina, as massas também estavam muito boas (nhoque, canelloni, rondeli), apesar de ter achado a lasanha um pouco insossa, adorei o frango a passarinho, acho que foi o que mais comi, estava uma delícia Mas de uma forma geral a comida é boa e variada. Eles também servem saladas. Por ser um dos restaurante (senão o mais) tradicional de Curitiba, acho que vale a pena conhecer sim, mas vá com fome!
Nesse dia fomos também a Ópera De Arame, um dos principais cartões postais de Curitiba. A ópera de arame é um teatro/auditório para espetáculos de todos os tipos. Ela está localizada na cratera de uma pedreira desativada e funciona desde 1992. Para entrar passamos por uma passarela elevada sobre o lago e percebi algumas pessoas com uma certa vertigem de estar ali, mas é bem sossegado e já é bem bonito desde a entrada. A estrutura moderna, mescla com elementos da natureza e compõe uma bela paisagem. Vale a pena! Queria muito assistir a um show ali, deve ser um lindo espetáculo!
Uma observação masculina: para evitar constrangimentos, mulheres, melhor não irem de saia curta. Fica a dica!!!
Na mesma rua existem muitas lojinhas vendendo artesanatos, comidas e bebidas típicas da região. Vale a pena dar uma voltinha pra conhecer e comprar umas coisinhas.
Bom, como vocês podem ver dá pra fazer muita coisa em um dia, é cansativo sim, mas que dá dá. Rs
Esse dia tomamos o chá da tarde do hotel (que vai até as 21 horas) e ficamos por lá mesmo, porque estávamos exaustos.
No terceiro dia fomos fazer o passeio de trem até Morretes (http://serraverdeexpress.com.br/serra/destinos). Fizemos ida e volta de trem. Até então não sabia que a volta poderia ser feita de van pois é mais rápido. A volta realmente é cansativa pois no domingo a estrada de ferro funciona também para trens de carga e eles chegam em horários bem próximos. O trem de passeio muitas vezes tem que ir devagar e fazer algumas paradas. Mas também não achei nada de outro mundo, é só ter paciência e quando estamos viajando é besteira se estressar com tudo né?
A saída é as 08:15 (atrasou um pouco) e a volta prevista paras as 19 horas. Pedem para chegar na estação com alguma antecedência, chegamos cerca de 30 minutos antes.
O trem conta com classe econômica, turística, executiva, litorina...enfim, o que muda é o lanche que é servido (na econômica não tem serviço nenhum), o tamanho da janela, e o guia bilingue. Escolhemos a executiva por 101 reais por pessoa a ida e 70 reais por pessoa a volta (pode ser parcelado em até 6 vezes). Sinceramente não vi vantagem nenhuma. Os bancos eram igualmente desconfortáveis, o lanche podia até ter mais coisas do que na turística, mas também não era um espetáculo, nem tanto pelas comidinhas, já que tinha torrada, cream cheese, amendoim, polenguinho e uma barrinha de cereal. As bebidas apesar de serem liberadas (água, refrigerante, cerveja, chá gelado) estavam todas quentes e acabaram no meio do caminho de ida, acredito que porque estava muito calor, as pessoas acabaram bebendo muita quantidade e precisamos apelar para buscar bebidas em outros vagões de outras classes, atitude que levou a um certo desentendimento entre passageiros e funcionários. Foi quando constatamos que as bebidas da classe econômica por exemplo estavam muito mais geladas do que as nossas. Lembrando que a classe econômica não tinha serviço, portanto pagavam as bebidas que tomavam. A impressão que deu foi que para quem estava pagando na hora, as bebidas vinham mais geladas e pra gente, já que já estava pago ficou o pior, enfim...impressões a parte, de uma forma geral o passeio é bem gostoso, as vistas são bonitas e é divertido somente pelo fato de estarmos em uma viagem de trem, pois não é algo habitual.
Antes de falar de Morretes, somente mais uma reclamação, que é sobre a organização antes do embarque. Gente, é uma catástrofe. Completamente desorganizado, tem fila pra todo lado e quando você pergunta onde deve ficar ninguém sabe explicar ou dizem que nem precisa ficar na fila, pois os lugares são marcados. Enfim...é muito complicado pois ali tem turistas de todas as partes do mundo, e a impressão que fica é de indiferença. Não gostei dessa parte.
Morretes é uma cidadezinha pequena e charmosinha. Cheia de lojinhas de artesanto e restaurantes que servem o famoso barreado.
Depois de dar uma volta pelas lojas fomos almoçar e é claro que eu queria experimentar o tal barreado. Não lembro o nome do restaurante que comemos, mas lá é barreado pra todo lado, o que muda é o ambiente e o valor. Escolhemos um restaurante com uma estrutura não tão boa e um preço bom. Comi e adorei! A comida é bem pesadinha e com o calor que estava fazendo em alguns momentos achei que não tinha sido uma boa pedida, mas no fim deu tudo certo e fiquei bem satisfeita em conhecer um novo prato.
Isso devia ser por volta as 13 horas e ficaríamos em Morretes até as 15, hora de saída do trem. Não tinha muito o que fazer por lá, demos mais uma volta, depois procuramos uma sombra pra sentar e esperar o tempo passar, enquanto observávamos a criançada brincando num riozinho que tem na cidade. Acredito que quem opta por ir embora de van, acaba conhecendo alguns pontos turísticos a mais que nós não conhecemos pois a pé e com um imenso calor não dá pra ir tão longe!
Outro ponto fraco foi que a nossa guia da ida não nos deu muitas explicações a respeito da história do trajeto, da estrada de ferro, etc...sentimos falta de mais explicações. Era uma senhorinha muito simpática e boazinha, mas com as explicações deixou um pouco a desejar. A sorte é que na volta pegamos um guia melhor que nos contou toda a história dos lugares pelos quais passávamos.
Acredito que o passeio de trem vale pela experiência. É bem gostoso e traz boas sensações.
No quarto dia fomos de carro até Ponta Grossa para conhecer o Parque Estadual de Vila Velha.
Local onde existem enormes esculturas naturais, feitas de arenito, que curiosamante lembram várias formas de objetos e animais. A mais famosa de todas é a taça. Dentro do parque ainda existem três furnas (lençol subterrâneo) que os visitantes podem conhecer e também a lagoa dourada, quem tem esse nome pois dizem que no pôr do sol as suas águas ficam douradas. Infelizmente não pudemos comprovar pois ainda estava longe do horário do pôr do sol.
Todos os passeios são feitos por trilhas e com guias do parque. A estrutura é boa. Chegando assistimos a uma palestra sobre as atrações do parque e como conservá-las durante a visita. Ouvimos um pouco da história das esculturas, o que é muito importante.
Depois da palestra vamos comprar os ingressos para as atrações podendo optar por comprar furnas, arenito e lagoa dourada (18 reais), furnas e lagoa dourada (8 reais) ou somente arenitos (10 reais). Logicamente queríamos conhecer tudo. Basta comprar o ingresso pro horário desejado e esperar o ônibus, que nos deixa o mais perto possível das atrações. O ônibus é lá de dentro mesmo e só circula por ali. Para os arenitos se não me engano sai a cada meia hora. É tudo bem estruturado.
As furnas são muito bonitas também. O elevador que levava até uma delas está desativado há mais de 10 anos, e um dos motivos é também a preservação, parece que ele poluía muito as águas para poder funcionar. Devia ser muito legal descer nele e ir vendo aquele imenso paredão, mas se é pra preservar, então que não funcione mesmo, pois muita gente ainda tem que conhecer aquele local lindo.
No dia seguinte demos uma volta pelo Centro Histórico. Muito bonito e preservado. Não conseguimos aproveitar, estava tudo fechado e bem vazio. Mas com certeza é um passeio que vale a pena curtir mais. Entrar nas casas e saber um pouco da história daquele lugar. É tudo bem bonitinho, parece cenário de novela.
Depois fomos para Estância Ouro Fino (http://aguasourofino.com.br/), que fica na região metropolitana de Curitiba (Bateias). É um parque aquático de água mineral (15 reais adultos). É um lugar muito bonito e de muito contato com a natureza. Muito florido, com trilhas, cachoeiras, mirantes e é claro, piscinas! Me arrependo de ter ido no dia que fui. Estava muuuuito cheio, mas cheio mesmo, a ponto de não conseguirmos nem enxergar direito a água da piscina, mas mesmo assim deu pra perceber o potencial turístico do local. Gostaria de voltar em um dia mais calmo para aproveitar tudo. Andamos, fizemos trilhas, mas com certeza não conseguimos aproveitar tudo o que podíamos.
O local conta com restaurante/lanchonete. Os banheiros estavam imundos e mal cheirosos, mas também, impossível dar conta de tanta gente. Talvez devessem limitar o número de visitantes por dia. Fica a dica!
Saindo de lá ainda conseguimos passar pelo Museu Oscar Niemeyer (http://www.museuoscarniemeyer.org.br/) – 4 reais a entrada de adultos. O museu é lindo, imponente. Dá vontade de ficar fotografando cada ângulo, cada pedacinho, cada obra.
Conta com inúmeras exposições que mudam ao longo do ano. E também com duas exposições permanentes. Uma logicamente do próprio Niemeyer, que conta a sua história e a história de suas obras mais famosas no Brasil e no mundo. Uma outras exposição permanente é o pátio das esculturas. Fica do lado de fora do museu e conta com esculturas clássicas, abstratas, inusitadas. Enfim, vale a visita e não deixem de ir até o “olho”.
Pra finalizar vou falar de dois locais que comemos. Um rodízio de pizza e um rodízio de pastel. O rodízio de pizza chama Mercearia anos 30 (http://www.anos30.com.br/). Não lembro o valor, mas acho que pagamos algo em torno de 25 reais por pessoa. A pizza é boa, massa fina, sabores variados, ambiente gostoso, garçons atenciosos. Não é um espetáculo de pizza, mas vale a pena, ainda mais com a fome que estávamos. Recomendo.
Já o rodízio de pastel (Dom Cordoni – 17,90 por pessoa) tinha tudo pra ser incrível, mesmo porque nunca havíamos ido a um rodízio de pastel e estávamos empolgadíssimos para conhecer. Os pastéis são gostosos, pena que não podemos dizer a mesma coisa do atendimento. Péssimo, uma má vontade incrível por parte dos atendentes. Estávamos com o cardápio com todos os sabores na mesa e quando pedíamos algum específico ou demorava um século pra chegar ou eles avisavam que não tinha disponível no rodízio, somente a la carte e que se quiséssemos deveríamos pedir a parte. Acho isso um absurdo, se eles se propõe a fazer um rodízio, na minha opinião todos os sabores tem que estar incluídos. Ou pelo menos devem avisar isso nos inúmeros flyers que distribuem na cidade (foi assim que ficamos conhecendo). Chegamos lá esperando experimentar todos os sabores e não é bem isso, O de doce de leite por exemplo não está incluído no rodízio. Na verdade pelo menos uns 6 sabores que pedimos não estavam no rodízio. Não concordo com isso e considero propaganda enganosa. Ou eles avisam antes ou servem tudo e pronto. Não recomendo, pois achei desonesto. Tem potencial, mas dessa forma não dura muito.
Enfim, de uma forma geral me surpreendi com Curitiba. Uma cidade organizada, limpa e bem estruturada com diversas atrações. Dá pra passar uma semana curtindo cada coisinha que a cidade oferece.



























































