"Viajar é estar aberto ao novo, aos outros e a ver a vida com outros olhos." Cristiane Galvão

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CURITIBA - Fevereiro de 2012


Curitiba

Passar o carnaval em Curitiba é algo que não é lá muito usual, mas como sempre, o que queríamos era fugir da farra, da bagunça e do trânsito...conseguimos! Não tem absolutamente nada pra se fazer lá no carnaval...pelo menos não vimos nada...mas também não procuramos muito! Rs
E lá fomos nós na sexta- feira, dia 17/02 para Curitiba. Meu marido havia morado lá por cerca de 1 ano quando era criança, para mim era novidade, primeira vez na capital do Paraná.
Chegamos no aeroporto Afonso Pena e fomos pegar o carro que alugamos na Avis (319 reais até o dia 22/02) e partimos.. Para quem não sabe o aeroporto não fica exatamente em Curitiba e sim em São José dos Pinhais, mas é bem perto, uns 15, 20 km.
Como toda região sul do país, lá também é um lugar para se comer bem e muito. A comida é farta e a cidade cheia de rodízios e buffets recheados de gostosuras.
E como não podia ser diferente, começamos o passeio comendo! Fomos a um café colonial/confeitaria, que chama Coeur Douce (de 29 a 32 reais por pessoa). Diferente do que conhecemos na Serra Gaúcha, no qual as comidas são servidas na mesa freneticamente, lá o sistema era diferente, era um buffet no qual podíamos nos servir quantas vezes quiséssemos, somente bebidas e frituras vinham na mesa. Confesso que incomodou um pouco, pois o tempo todo os garçons ficavam tomando conta do buffet e isso ficava meio constrangedor lá pela quinta vez que você levantava para repetir algo.rs  Prefiro o sistema da Serra Gaúcha...mas nem por isso deixou de ser maravilhoso. Guloseimas de primeira e bem diversificadas. Grande, farto, saboroso, para comer com os olhos, ainda bem que não só com os olhos. (http://www.coeurdouce.com.br/)
Depois fomos para o hotel e ficamos por lá descansando um pouco.
O hotel que ficamos foi o Centro Europeu (www.hotelcentroeuropeu.com.br) na região central da cidade. O hotel conta com instalações antigas, bem simples, quartos pequenos e não muito confortáveis, mas tudo era bem limpinho. Atendimento do recepcionista péssimo, o cara nem olhava na nossa cara pra falar, parecia que dar uma informação era um favor, não serve pra trabalhar com turismo. Pena que não lembro o nome do ser. Café da manhã gostoso, mas sem muitas variedades. Dispõe também de um café/chá da tarde a partir das 18 horas, com algumas “sobras” do café da manhã, mas que quebrava um galho para aquela fominha que dava depois de passear o dia todo. Ponto negativo para o suco artificial servido. O hotel, por ficar na região central da cidade, é bem barulhento, e o barulho começa cedo, mas nada que chegue a tirar o sono. Um ponto positivo era o estacionamento. Poucos hotéis da região central possuem estacionamento próprio e esse é um deles. Inclusive o principal ponto por termos escolhido esse hotel.
Perto do hotel fica também o Shopping Estação que quebra um galho para passar o tempo, comer uma coisinha rápida ou comprar alguma coisa que esquecemos de levar na viagem.
No segundo dia o primeiro passeio foi ao Jardim Botânico (http://jardimbotanicocuritiba.com.br/). Que lugar lindo e bem cuidado, tudo florido, grama verdinha. Um lugar incrível, você até esquece que está em uma capital com quase 2 milhões de habitantes. O tempo passa sem nem percebermos. Aquela famosa estrutura metálica com vidro é a estufa, que contém várias espécies da mata atlântica. Ela é climatizada, uma delícia ficar lá dentro, ainda mais com os 32 graus que estava aquele dia. Dentro do parque também fica o jardim das sensações, segue explicação direta do site, pois acho que não conseguiria descrever tão bem:

“O Jardim das sensações é um espaço delimitado por cerca viva, onde os sentimentos do visitante são tentados, por meio do contato direto com plantas de diferentes formas, texturas e aromas.
Através da cerca e do túnel vegetal é possível ver as cores da natureza, sentir com as mãos a textura, a forma e o tamanho das plantas, ouvir o som da cascata e do vento, sentir o perfume das flores e da vegetação.
O percurso pode ser feito com os olhos vendados ou não
Inaugurado em dezembro de 2008, o Jardim das Sensações oferece um sequência de sensações, experiências e impressões inesquecíveis ao visitante”

O Jardim Botânico ainda conta com exposições permanentes de diversos artistas e também um museu botânico. Enfim, dá pra passar uma boa parte do dia conhecendo tudo o que esse lindo espaço tem para nos oferecer.



Saindo de lá, fomos para o Parque Barigui, um dos mais antigos da cidade, o parque é grande, mas na minha opinião não tão bonito e bem cuidado como os demais. Achei um parque bom para caminhar, andar de bicicleta...tem quiosques com churrasqueira, restaurante, aparelhos para ginástica. Queria ter um desse perto de casa, pois penso que para os moradores seja sensacional, mas como ponto turístico acredito que não vale tanto a pena, principalmente se o tempo for curto.

Depois fomos ao Parque Tanguá, esse sim merece ser visitado sem sombra de dúvida, é um parque lindo! É muito bem cuidado e com ótima estrutura de banheiro, lojinha, lanchonete, tudo de bom! Tem ciclovia, pista de cooper e um mirante com uma bela vista. Tem um lago com pedalinho, uma cachoeira artificial e um túnel também artificial. Impressiona pela beleza e também pala grandiosidade das pedreiras. Lá existe também o jardim Poty Lazzarotto, em homenagem a um famoso desenhista curitibano. E que bela homenagem, pois o jardim é lindo, um “desenho”. Lá dentro para conhecer tudo, se caminha muito, e foi difícil com o calorão que estava, mas vale a pena, durante a caminhada existem vários pontos com carrinhos vendendo água de coco e caldo de cana que refrescam até a alma!





Depois de toda essa maratona, estava na hora de almoçar. Seguimos para Santa Felicidade. Antes de almoçar, passeamos pela rua cheia de lojinhas de artesantos e uma feirinha cheia de coisinhas fofas.
Aí sim chegamos ao grandioso Madalosso. O lugar realmente impressiona pelo tamanho, é enorme! (http://www.madalosso.com.br). O preço é super justo, não sei se muda de almoço para jantar, mas pagamos 30,00 por pessoa pra almoçar e olha que vem comida hein! Muita gente acha, ou fala que lá é muito caro, sinceramente, não acho nada caro! Não sei se porque aqui em SP tudo realmente é muito caro, mas esse preço é muito justo.

Em relação a comida, nem tudo que vem no rodízio me apetece, algumas coisas eu não comi, mas posso falar que a polenta estava divina, as massas também estavam muito boas (nhoque, canelloni, rondeli), apesar de ter achado a lasanha um pouco insossa, adorei o frango a passarinho, acho que foi o que mais comi, estava uma delícia Mas de uma forma geral a comida é boa e variada. Eles também servem saladas. Por ser um dos restaurante (senão o mais) tradicional de Curitiba, acho que vale a pena conhecer sim, mas vá com fome!
Nesse dia fomos também a Ópera De Arame, um dos principais cartões postais de Curitiba. A ópera de arame é um teatro/auditório para espetáculos de todos os tipos. Ela está localizada na cratera de uma pedreira desativada e funciona desde 1992. Para entrar passamos por uma passarela elevada sobre o lago e percebi algumas pessoas com uma certa vertigem de estar ali, mas é bem sossegado e já é bem bonito desde a entrada. A estrutura moderna, mescla com elementos da natureza e compõe uma bela paisagem. Vale a pena! Queria muito assistir a um show ali, deve ser um lindo espetáculo!




Uma observação masculina: para evitar constrangimentos, mulheres, melhor não irem de saia curta. Fica a dica!!!
Na mesma rua existem muitas lojinhas vendendo artesanatos, comidas e bebidas típicas da região. Vale a pena dar uma voltinha pra conhecer e comprar umas coisinhas.
Bom, como vocês podem ver dá pra fazer muita coisa em um dia, é cansativo sim, mas que dá dá. Rs
Esse dia tomamos o chá da tarde do hotel (que vai até as 21 horas) e ficamos por lá mesmo, porque estávamos exaustos.
No terceiro dia fomos fazer o passeio de trem até Morretes (http://serraverdeexpress.com.br/serra/destinos). Fizemos ida e volta de trem. Até então não sabia que a volta poderia ser feita de van pois é mais rápido. A volta realmente é cansativa pois no domingo a estrada de ferro funciona também para trens de carga e eles chegam em horários bem próximos. O trem de passeio muitas vezes tem que ir devagar e fazer algumas paradas. Mas também não achei nada de outro mundo, é só ter paciência e quando estamos viajando é besteira se estressar com tudo né?
A saída é as 08:15 (atrasou um pouco) e a volta prevista paras as 19 horas. Pedem para chegar na estação com alguma antecedência, chegamos cerca de 30 minutos antes.
O trem conta com classe econômica, turística, executiva, litorina...enfim, o que muda é o lanche que é servido (na econômica não tem serviço nenhum), o tamanho da janela, e o guia bilingue. Escolhemos a executiva por 101 reais por pessoa a ida e 70 reais por pessoa a volta (pode ser parcelado em até 6 vezes). Sinceramente não vi vantagem nenhuma. Os bancos eram igualmente desconfortáveis, o lanche podia até ter mais coisas do que na turística, mas também não era um espetáculo, nem tanto pelas comidinhas, já que tinha torrada, cream cheese, amendoim, polenguinho e uma barrinha de cereal. As bebidas apesar de serem liberadas (água, refrigerante, cerveja, chá gelado) estavam todas quentes e acabaram no meio do caminho de ida, acredito que porque estava muito calor, as pessoas acabaram bebendo muita quantidade e precisamos apelar para buscar bebidas em outros vagões de outras classes, atitude que levou a um certo desentendimento entre passageiros e funcionários. Foi quando constatamos que as bebidas da classe econômica por exemplo estavam muito mais geladas do que as nossas. Lembrando que a classe econômica não tinha serviço, portanto pagavam as bebidas que tomavam. A impressão que deu foi que para quem estava pagando na hora, as bebidas vinham mais geladas e pra gente, já que já estava pago ficou o pior, enfim...impressões a parte, de uma forma geral o passeio é bem gostoso, as vistas são bonitas e é divertido somente pelo fato de estarmos em uma viagem de trem, pois não é algo habitual.
Antes de falar de Morretes, somente mais uma reclamação, que é sobre a organização antes do embarque. Gente, é uma catástrofe. Completamente desorganizado, tem fila pra todo lado e quando você pergunta onde deve ficar ninguém sabe explicar ou dizem que nem precisa ficar na fila, pois os lugares são marcados. Enfim...é muito complicado pois ali tem turistas de todas as partes do mundo, e a impressão que fica é de indiferença. Não gostei dessa parte.
Morretes é uma cidadezinha pequena e charmosinha. Cheia de lojinhas de artesanto e restaurantes que servem o famoso barreado.
Depois de dar uma volta pelas lojas fomos almoçar e é claro que eu queria experimentar o tal barreado. Não lembro o nome do restaurante que comemos, mas lá é barreado pra todo lado, o que muda é o ambiente e o valor. Escolhemos um restaurante com uma estrutura não tão boa e um preço bom. Comi e adorei! A comida é bem pesadinha e com o calor que estava fazendo em alguns momentos achei que não tinha sido uma boa pedida, mas no fim deu tudo certo e fiquei bem satisfeita em conhecer um novo prato.
Isso devia ser por volta as 13 horas e ficaríamos em Morretes até as 15, hora de saída do trem. Não tinha muito o que fazer por lá, demos mais uma volta, depois procuramos uma sombra pra sentar e esperar o tempo passar, enquanto observávamos a criançada brincando num riozinho que tem na cidade. Acredito que quem opta por ir embora de van, acaba conhecendo alguns pontos turísticos a mais que nós não conhecemos pois a pé e com um imenso calor não dá pra ir tão longe!
Outro ponto fraco foi que a nossa guia da ida não nos deu muitas explicações a respeito da história do trajeto, da estrada de ferro, etc...sentimos falta de mais explicações. Era uma senhorinha muito simpática e boazinha, mas com as explicações deixou um pouco a desejar. A sorte é que na volta pegamos um guia melhor que nos contou toda a história dos lugares pelos quais passávamos.
Acredito que o passeio de trem vale pela experiência. É bem gostoso e traz boas sensações.











No quarto dia fomos de carro até Ponta Grossa para conhecer o Parque Estadual de Vila Velha.
Local onde existem enormes esculturas naturais, feitas de arenito, que curiosamante lembram várias formas de objetos e animais. A mais famosa de todas é a taça. Dentro do parque ainda existem três furnas (lençol subterrâneo) que os visitantes podem conhecer e também a lagoa dourada, quem tem esse nome pois dizem que no pôr do sol as suas águas ficam douradas. Infelizmente não pudemos comprovar pois ainda estava longe do horário do pôr do sol.
Todos os passeios são feitos por trilhas e com guias do parque. A estrutura é boa. Chegando assistimos a uma palestra sobre as atrações do parque e como conservá-las durante a visita. Ouvimos um pouco da história das esculturas, o que é muito importante.
Depois da palestra vamos comprar os ingressos para as atrações podendo optar por comprar furnas, arenito e lagoa dourada (18 reais), furnas e lagoa dourada (8 reais) ou somente arenitos (10 reais). Logicamente queríamos conhecer tudo. Basta comprar o ingresso pro horário desejado e esperar o ônibus, que nos deixa o mais perto possível das atrações. O ônibus é lá de dentro mesmo e só circula por ali. Para os arenitos se não me engano sai a cada meia hora. É tudo bem estruturado.
As furnas são muito bonitas também. O elevador que levava até uma delas está desativado há mais de 10 anos, e um dos motivos é também a preservação, parece que ele poluía muito as águas para poder funcionar. Devia ser muito legal descer nele e ir vendo aquele imenso paredão, mas se é pra preservar, então que não funcione mesmo, pois muita gente ainda tem que conhecer aquele local lindo.







No dia seguinte demos uma volta pelo Centro Histórico. Muito bonito e preservado. Não conseguimos aproveitar, estava tudo fechado e bem vazio. Mas com certeza é um passeio que vale a pena curtir mais. Entrar nas casas e saber um pouco da história daquele lugar. É tudo bem bonitinho, parece cenário de novela.




Depois fomos para Estância Ouro Fino (http://aguasourofino.com.br/), que fica na região metropolitana de Curitiba (Bateias). É um parque aquático de água mineral (15 reais adultos). É um lugar muito bonito e de muito contato com a natureza. Muito florido, com trilhas, cachoeiras, mirantes e é claro, piscinas! Me arrependo de ter ido no dia que fui. Estava muuuuito cheio, mas cheio mesmo, a ponto de não conseguirmos nem enxergar direito a água da piscina, mas mesmo assim deu pra perceber o potencial turístico do local. Gostaria de voltar em um dia mais calmo para aproveitar tudo. Andamos, fizemos trilhas, mas com certeza não conseguimos aproveitar tudo o que podíamos.
O local conta com restaurante/lanchonete. Os banheiros estavam imundos e mal cheirosos, mas também, impossível dar conta de tanta gente. Talvez devessem limitar o número de visitantes por dia. Fica a dica!





Saindo de lá ainda conseguimos passar pelo Museu Oscar Niemeyer (http://www.museuoscarniemeyer.org.br/) – 4 reais a entrada de adultos. O museu é lindo, imponente. Dá vontade de ficar fotografando cada ângulo, cada pedacinho, cada obra.
Conta com inúmeras exposições que mudam ao longo do ano. E também com duas exposições permanentes. Uma logicamente do próprio Niemeyer, que conta a sua história e a história de suas obras mais famosas no Brasil e no mundo. Uma outras exposição permanente é o pátio das esculturas. Fica do lado de fora do museu e conta com esculturas clássicas, abstratas, inusitadas. Enfim, vale a visita e não deixem de ir até o “olho”.



Pra finalizar vou falar de dois locais que comemos. Um rodízio de pizza e um rodízio de pastel. O rodízio de pizza chama Mercearia anos 30 (http://www.anos30.com.br/). Não lembro o valor, mas acho que pagamos algo em torno de 25 reais por pessoa. A pizza é boa, massa fina, sabores variados, ambiente gostoso, garçons atenciosos. Não é um espetáculo de pizza, mas vale a pena, ainda mais com a fome que estávamos. Recomendo.
Já o rodízio de pastel (Dom Cordoni – 17,90 por pessoa) tinha tudo pra ser incrível, mesmo porque nunca havíamos ido a um rodízio de pastel e estávamos empolgadíssimos para conhecer. Os pastéis são gostosos, pena que não podemos dizer a mesma coisa do atendimento. Péssimo, uma má vontade incrível por parte dos atendentes. Estávamos com o cardápio com todos os sabores na mesa e quando pedíamos algum específico ou demorava um século pra chegar ou eles avisavam que não tinha disponível no rodízio, somente a la carte e que se quiséssemos deveríamos pedir a parte. Acho isso um absurdo, se eles se propõe a fazer um rodízio, na minha opinião todos os sabores tem que estar incluídos. Ou pelo menos devem avisar isso nos inúmeros flyers que distribuem na cidade (foi assim que ficamos conhecendo). Chegamos lá esperando experimentar todos os sabores e não é bem isso, O de doce de leite por exemplo não está incluído no rodízio. Na verdade pelo menos uns 6 sabores que pedimos não estavam no rodízio. Não concordo com isso e considero propaganda enganosa. Ou eles avisam antes ou servem tudo e pronto. Não recomendo, pois achei desonesto. Tem potencial, mas dessa forma não dura muito.
Enfim, de uma forma geral me surpreendi com Curitiba. Uma cidade organizada, limpa e bem estruturada com diversas atrações. Dá pra passar uma semana curtindo cada coisinha que a cidade oferece.

terça-feira, 12 de junho de 2012

São Francisco Xavier - SP - Junho 2012

São Francisco Xavier



Fomos para São Francisco Xavier no feriado de Corpus Christi.
Reservei a pousada Kolibri (http://www.pousadakolibri.com) 2 meses antes e na quinta feira chuvosa de manhã, lá fomos nós rumo a mais uma viagem, conhecer mais um destino de inverno em plena Serra da Mantiqueira!
São Francisco Xavier é um distrito de São José dos Campos, mais ou menos 170 km distante de SP e uns 50 km de São José, mas esses 50 km são meio demorados, estrada de pista única, cheia de curvas, melhor ir com cuidado!
Chegamos lá quase 3 da tarde, com fome de leão e paramos no restaurante alegro (http://www.alegrorestaurante.com.br). Ambiente muito agradável, atendimento com muita simpatia e comida saborosa! Pedimos de entrada “cropicante” , cubos crocantes de queijo de coalho servidos com molho levemente picante de pitanga, e de prato principal o picadinho da marina (filé mignon picado na ponta da faca, arroz branco, tutu de feijão, ovo e couve mineira), muito bom...mas o principal pra mim foi a sobremesa...uma das melhores que já comi...achei incrível mesmo! Um suflê de goiabada cascão com queijo mascarpone...de comer de joelhos! Pelo menos pra mim, que sou uma viciada em Romeu e Julieta em todas as formas...mas essa foi a melhor de todas!! Bom demais!! Uma entrada, um prato (que dividimos), uma sobremesa, uma caipirinha, uma água e uma coca cola ficou em 104 reais se não me engano! Recomendo!




Seguimos para a pousada Kolibri...muito gostoso o lugar, distante cerca de 5 km do centro em estrada de terra...com a chuva dos últimos dias, não tava fácil não, mas também não impossível, chegamos sem grandes problemas.
Resumindo a pousada...ambiente agradável, tem uma cachoeira muito gostosa , não muito grande, nada fantástico, mas um espaço muito gostoso, no calor deve ser uma delicia, em Junho, não tivemos coragem de conhecer a cachoeira mais fundo! rs
A pousada tem piscina, quadra de tênis, opção de hospedagem em chalés, suítes ou quartos. Chalés são isolados e com lareira, quartos são pequenos e com banheiros externos, porém privativos...escolhemos as suítes...a nossa era a número 1, bem pequenina, mas com cama boa, bastante coberta e banheiro dentro do quarto, espaçoso e com água quentinha! Observação: os quartos eram antigos estaleiros, as janelas e portas foram aproveitadas, interessante!




Fiz tudo para reservar a pousada pela internet e não reparei, pois não está muito claro no site que os quartos não tinham TV nem frigobar...é um estilo da pousada, que eles chamam de rural....isso não seria um problema se não tivesse chovido dois dias inteirinhos...não somos viciados em TV nem nada, mas com aquele tempinho fez falta! Existe uma TV coletiva em uma sala que também tem uma biblioteca...mas é difícil encontrá-la livre e também difícil compartilhar pois só cabem 3 pessoas no sofá e por mais frio que esteja é estranho assistir TV coladinho em quem não conhecemos!
A biblioteca nos salvou do tédio nesses dias chuvosos...os títulos não eram tãaaaao incessantes, mas quebram um galho...existem muito livros em línguas estrangeiras...lá também fica o piano...


Na sala da recepção tem wi-fi, que ainda não esta disponível nos quartos...mas quebra um galho caso precise de uma informação de última hora do que fazer na cidade.
Por sorte havíamos levado um jogo (Quest) que também ajudou a passar o tempo nas 48 horas ininterruptas de chuva!
Esses dois primeiros dias foram assim: dormir dava fome e comer dava sono...e assim seguimos...
A noite comemos um bom lanche no pico São Xico e tomamos um chocolate quente suisse no Umpalumpa, simpático cafezinho perto da igreja São Sebastião, com docinhos, bolinhos...tudo gostoso e bonitinho.


No segundo dia a chuva continuava...demos uma voltinha na cidade...conseguimos ver algumas lojinhas de artesanato...tudo muito rápido porque a cidade é bem pequenininha, típica de interior com sua igreja ao lado do coreto e jovens reunidos na praça (quando não chove rs). Com a chuva não animava muito pra ficar andando...comemos uma batata assada com requeijão e pesto de manjericao no Café Affeto...bem gostosa e bem feitinha!


A noite fomos ao Photozophia (http://www.photozofia.com.br/) . Restaurante bem diferente, com uma decoração interessante e ainda pegamos um show da cantora Vanessa Moreno, muito bom!


O ambiente do restaurante é o seu destaque, a comida também é boa...pedimos um tagliarini artesanal com molho de gorgonzola e outras coisitas...vale a pena...o prato vem servido...e o que mais lembro é o perfume do molho...antes de comer, fiquei cheirando por uns 5 minutos antes de comer...hahahahaha


Pedi de sobremesa uma torta Buenos Aires...com doce de leite argentino (o dono é argentino)...bem gostosa...podia ser um pouco maior pelos 9 reais cobrados!! No local acontecem vários shows aos finais de semana...e pelo menos nesse feriado acredito que foi o evento da cidade! Não reservamos e quase não conseguimos sentar...só havia duas mesas disponíveis e tratamos de ficar com uma bem depressa!! Então a dica é reservar!!! Uma cerveja, um mate, dois pratos, sobremesa e o couvert do show (15 por pessoa) deu um total de 108 reais...
No terceiro dia, aleluia!!! A chuva parou!! Mais do que depressa saímos da toca...fomos até o ateliê manacá da serra, (http://ateliermanacadaserra.com.br/) ...tudo feito ali, tudo muito bonito...os preços são meio salgadinhos...mas pelo trabalho da artesã, acredito que mais do que merecido...ela deu uma explicação rápida de como tudo é feito e ufa!! Cansei! Um trabalhão! A artesã Camila Giffoni é muito simpática a atenciosa com todos.
Infelizmente esse foi o único Ateliêr que visitamos...mas a cidade conta com pelo menos mais 3...de las mascaras (o mais longinho, 14Km), Arte na Roça e Tânia Negrão! Vamos ter que voltar para conhecê-los...
Depois fomos conhecer a cachoeira Pedro David...facinho de chegar, bem pertinho da estrada de terra...deve estar há uns 3kms da cidade..lugar bem gostoso, no verão deve ser a mais procurada, até mesmo pelo fácil acesso e estrutura legal...pode ser que não seja uma boa pedida na época de calor (pode ser que fique muito cheia)...mas agora em Junho vale a pena dar uma passada. Cruzamos no máximo com umas 10 pessoas no tempo que ficamos lá...muitos iam, tiravam fotos e iam embora...nós ficamos um bom tempo contemplando e ouvindo o barulhinho bom da água...e claro também tiramos muitas fotos...





A tarde tinha a seleção brasileira jogando contra argentina...e a TV da pousada, é claro...estava ocupada...voltamos ao restaurante que havíamos almoçado...Sinhá da roça...pois lá tinha uma TV...
E por falar no almoço...escolhemos esse restaurante, próximo ao Shopping da roça com o intuito de não gastar muito...e pedimos um bife a parmegiana, que dava pra duas pessoas...deu pra matar a fome, mas o bife era bem gorduroso e meio duro, o arroz veio meio em bloco...a batata frita salvou!  56 reais...com bebidas e 10%...o garçom Tiago, muito simpático e sabe tudo de futebol...faaaaala!!! Rs
Bom, o Brasil perdeu por 4 x 3...mas tá valendo...eles tem o Messi!! Fazer o que!!!
Ah, lembrando que pedimos duas originais e a conta deu 18 reais!! Bem cara a cerveja ali!
Alias, esse é um fator da cidade...tudo é salgadinho...um chocolate quente pequeno é quase 5 reais, um brigadeiro de colher idem...mas enfim...quando a gente viaja tudo tá bom!! Mas tem que ficar esperto nisso...pq de 5 em 5 gastamos muito com besteirinhas!
Coladinho e escondido atrás do restaurante está o shopping da roça, uma ruazinha charmosa cheia de pequenas lojinhas de artesanato com coloridos hipnotizantes. Andando até o fim chegamos a um gramado no qual existe uma “concha” acústica (não consigo descrever muito bem), mas enfim, é um local para meditação, inusitado, onde não se imagina que exista. Reparem também em uma simpática casinha na árvore, fofa!




No último dia queríamos dar uma passada no mirante (não sabemos o nome) e pedimos algumas informações. Nos falaram pra subir em direção ao bairro dos Ferreiras, chegar em um “estacionamento” e depois ir a pé, por cerca de duas horas caminhando. Ficamos um pouco perdidos, pois não existe nenhuma placa informando nada, em nenhum momento sabíamos se estávamos indo para o local certo. Perguntamos para algumas pessoas, umas não sabiam e outras ajudaram como podiam, mas a estrada tem algumas bifurcações e nos atrapalhamos um pouco. Chegamos ao local onde achamos que fosse o estacionamento, paramos, olhamos, procuramos informações mas no fim desistimos de subir com medo de não ser o local certo, pois havia algumas propriedades particulares e não queríamos invadir local nenhum!! rs Ficamos sabendo que a cidade está sendo estruturada para o turismo há pouco mais de 10 anos, então acredito que ainda falte muita infra-estrutura de informações, placas, etc.
Na próxima vamos nos informar melhor antes.



Deixamos de fazer várias coisas. Acredito que 4 dias seja o suficiente quando o tempo está bom, mas no fim tivemos praticamente dois dias para passear, e acabou sendo pouco.

Dicas rápidas:

* Celular, só pega VIVO
* Caixa eletrônico do Bradesco e Santander
* Não tive grandes problemas para passar cartão de débito, mas é sempre bom ter um dinheirinho pois alguns lugares, inclusive restaurantes não tem máquina de cartão.
* Existe um posto de gasolina na cidade e é lógico que o preço é um pouco acima do que os demais, se possível, tentar não abastecer lá.

Até a próxima!!!